domingo, 26 de setembro de 2010

As 18 melhores bandas de rock do mundo

Você pediu, Tio Didi atendeu: Aqui está meu conceito de música boa. Enquanto a lista dos piores do rock tinha 180 bandas, esta tem apenas 18. É mais fácil falar mal do que bem. Para mim, quase todas as músicas boas seguem quatro vieses: Os rockões agitadões (melhor representante: Bloodclot – Rancid), as açucaradas (melhor representante: I won't stand in your way - Stray Cats), as viajandonas (melhor representante: And so I know – Stone Temple Pilots) e as biscates (melhor representante: The beatiful people are ugly too – The Clash). Gosto quando elas assumem totalmente sua identidade, sem dar uma amenizada no meio do caminho. Por exemplo, não gosto quando pegam uma música pesada e colocam trechinhos melódicos no meio. Quero ouvir um rockão que dá vontade de sair quebrando tudo e atropelando todo mundo na rua. Balada boa é aquela que te faz arrepiar e seus olhos marejarem. Não é legal quando colocam um violãozinho safado, ou pior, uma batida eletrônica no meio. Um bom exemplo de música que vai caminhando para algo fodão, mas que acaba peidando na farofa é Sell out, do Reel Big Fish (a gurizada punk vai me matar por ter dito isso). Já que estou blasfemando, aqui vai mais uma: Bohemian rhapsody, do Queen (86) seria emocionante, não fosse o corinho no meio.
Minha história com a música começa no longínquo ano de 1982. Era o início de uma nova era para a humanidade. Nascia Tio Didi (que naquela época era chamado apenas “Didi”). Como a maioria das crianças eu não tinha artista preferido ou gosto musical definido. Talvez o New Kids On The Block na época do Rock In Rio II. Isso até 1991, quando o Fantástico mostrou o clipe de Black or White, com o Michael Jackson (104) parecido com a Vamp. O cara tava na praça a um tempão, mas só virei fã a partir dali. Comecei a acompanhar o Fantástico – o Show da Vida, sempre na esperança de uma possível estréia de um novo clipe do figura. Tinha uma fita K-7 do Michael que eu ouvia todos os dias enquanto fazia meu para casa. Também eu era daqueles que imitavam, dançando com a mão no saco e tudo mais. Mamãe morria de vergonha.
Em 1994 papai comprou TV a cabo lá pra casa. Eu via MTV pra caralho. Crazy, do Aerosmith (127), era a música que tava bombando. Depois que descobri que aquela era a terceira parte da trilogia Cryin/Amazing/Crazy, a banda do boca de caçapa passou a ser minha preferida. Sai Michael, entra Aerosmith. Eu era o único fã de rock no colégio. As FMs só tocavam house. Também gostava de Soudgarden, Stone Temple Pilots (164), Nirvana (102) e Guns n’ Roses (68). O Guns tocava na rádio desde que eu era criança, mas só fui prestar atenção mesmo depois da MTV. Kurt Cobain já tinha empacotado quase um ano, mas só fui saber quem era graças, novamente, à Music Television.
Pouco depois da morte do Kurt surgiu o Green Day (88). Sempre pensava comigo mesmo: “Engraçado, tanto o Green Day como o Nirvana têm uma coisa diferente das outras. Sei lá, uma falta de produção, uma simplicidade”. Hoje todos nós sabemos que aquilo, de um jeito ou de outro, era punk rock. Procurei em lojas de disco (lembra delas?) uma banda que tivesse som parecido com o do Green Day. Sai Aerosmith, entra NOFX (130), a primeira que conheci sem ajuda da MTV e bem antes de existir internet. É minha banda preferida faz uns 15 anos. Por essas e outras considero a década de 90 a melhor da música. Pudera, foi aí que vivi meus oito a 18 anos. A fase que a gente mais forma nossa identidade musical. A maioria das minhas bandas preferidas até hoje surgiu ou alcançou o auge nesta época.
Eu era um menino punkinho. Ou pelo menos achava que era. Mesmo assim, continuei secretamente gostando de Guns. Pensava que só iria revelar isso em meu leito de morte. Na época o NOFX fazia basicamente hardcore melódico. Talvez por isso até hoje eu considere o hc melódico um dos estilos mais adolescentes que existe. Ao contrário da maioria dos fãs de qualquer artista, não admiro meus ídolos da música por nada além da música propriamente dita. Pra dizer a verdade, Fat Mike, líder do NOFX, é um dos maiores idiotas que eu conheço no meio artístico.
Voltando para a música, para mim eles atingiram a grandiosidade depois, quando saíram do óbvio e passaram a variar em estilo e forma de mostrar o trabalho. Quantas bandas você pode dizer que vai ao show e reclama porque não estão tocando as músicas novas? Para se ter uma idéia, eles lançaram um hardcore de 18 minutos chamado The Decline. Isso muito antes do Green Day lançar o Jesus of Surubia. E melhor. Outra das minhas preferidas, The Living End, lançou a música The Room, também antes e com muito mais genialidade que o Dream Gay.
The Living End é outra que merece meu respeito. Conseguiu trazer inúmeras influências para o rockabilly, um dos estilos mais estagnados da música. Nos idos de 2000 eu escutava todos os dias o primeiro disco. Não é que, no ano seguinte, escuto o segundo disco e ele consegue ser mais pesado, mais elaborado, com músicas cheias de estruturas e, ironicamente, mais pop? Considero o disco Roll On como o melhor do rock ‘n’ roll de todos os tempos. Daí também saiu minha música preferida: Pictures in the mirror.
Engraçado como quanto mais velho a gente vai ficando mais retrógado fica nosso gosto. Ao contrário do que muitos pensam, sou até cabeça aberta. É verdade que 90% do que eu ouço é rock. E dentro disso uns 70% é a tríplice coroa punk/ska/rockabilly, essas coisas de moleque street punk da Savassi. Só faltou eu freqüentar a Savassi. Mas se você fala que a música de hoje é uma bosta, boa parte da culpa é sua. Do mesmo jeito que você tem bom gosto, um monte de gente também tem. É só pesquisar e não ficar só preso ao que a TV e o rádio tocam. Para mim o Avenged Sevenfold (65) é a melhor coisa que aconteceu para a música nestes últimos anos. Quem gosta de qualquer tipo de metal tem que conhecer. O problema é que, com um puta aspecto emo ridículo do caralho, as pessoas têm preguiça sem conhecer. Passei por cima disso, provando que não ligo tanto para o visual como vocês dizem.
Não tenho nada contra o que faz sucesso. O que não suporto é música feita com o intuito de ganhar dinheiro. Todos nós somos obrigados a fazer coisas que vão contra nossos princípios por causa do nosso trabalho. Mas acho que a classe artística tem que ser diferente. Arte tem que ser feita com a alma, com integridade. Por isso acho o pop rock tão desprezível quando o axé. Uma das coisas que mais respeito num artista é quando ele não fica refém da fórmula de sucesso. Para não causar mais polêmica, um exemplo do que eu estou falando: Chiclete com Banana. Desde que eu nasci fazem exatamente a mesma coisa. Duvido que alguém realmente goste de ouvir axé na cabeça por tantos anos a fio. E olha que os caras têm bom gosto. Salvo engano, começaram como cover do Led Zeppelin (19). Ou eles ou o Asa de Águia, sei lá. Se você é fã de alguma dessas, saia desta página agora. Tenho vergonha de ter leitores como você.
Quando o Faith No More (128) lançou o primeiro disco com o vocalista Mike Patton, atingiu o auge do sucesso comercial. Gerou a famigerada expectativa do segundo disco. O segundo foi um tapa na cara da grande mídia. Não tinha nada de funk rock. Essa atitude é muito foda. O Faith me proporcionou uma das maiores alegrias dos últimos tempos. 11 anos depois do fim, não é que os caras voltam para uma turnê e fazem um show na minha cidade? Fiquei bem na grade e pulei igual um macaco. Já fiz sucesso com uma ou outra gatinha pela minha semelhança com o vocalista. Pessoalmente, acho que sou mais bonito. No dia do show não foi diferente. Arrependi-me de não ter ido à caráter. Normalmente gosto de ser eu mesmo, mas naquele dia bem que podia ter aberto uma exceção.
Rancid fez sucesso fazendo ska punk pop pelos idos de 95. No disco sucessor, ao invés de pegarem carona, fazem algo totalmente grandioso e experimental. Alguns gostaram, mas a maioria achou que a banda tinha morrido. O fodão de tudo foi dois anos depois, quando lançaram um toscão de 22 músicas em 37 minutos. Mais tosco do que o primeiro disco da carreira deles. O Guns (68), depois dos grandiosos Use Your Illusion, com músicas pomposas e de grande duração, lançou um disco de covers punk.
Uau! Desde então este tornou o meu sonho: Ter uma banda, lançar um projeto megalomaníaco para os fãs puristas acharem que a banda perdeu sua essência. E ao mesmo tempo conquistar um público diferente. Logo depois, lançar um disco simples e direto, mostrando que a banda não perdeu a essência porra nenhuma. Não vou nem falar dos Beatles (111) que tiveram a coragem de mudar para o rock mais elaborado no auge da beatlemania.
Foi lá pelos 15, 16 anos de idade que entrei para as aulas de bateria. Um dia antes de começar a tocar eu tava vendo na televisão um show do Chico Science & Nação Zumbi (152). Pensei: “Agora sou um deles”. E virei mesmo. Nos anos em que fiz aula de bateria participei de um grupo de percussão com o infame nome de Movidos a Bateria. Original pra caralho. Passei por algumas bandas de um dia. De 1999 a 2002 fiz parte da sensacional Silent Bob & The Jay Jay’s. Fazíamos o bom e velho punk/ska/rockabilly. Merecia o primeiro lugar na lista das 180... Bem que um dos caras da finada banda podia ter a moral de botar um link aí. Pelos idos de 2007 formei uma chamada Ruy Balboa. Eu fazia as melodias, a poesia, etc. Não é de se estranhar que não tenha ido pra frente. Falando em ir pra frente, uma das maiores alegrias que tive nos últimos anos foi ter comprado uma cocktail drum. Minha cunhada a batizou de R2D2. Agora eu toco em pé igual o cara do Stray Cats (122), véi! Como se pode ver, assim como todo crítico, sou um músico frustrado.
Vamos fazer uma lista dos melhores músicos? Vocalista: Lars Frederiksen (Rancid). Consegue ser ao mesmo tempo agressivo e alegre, cantando aos solavancos. Não confunda com Tim Armstrong, o outro vocalista do Rancid. Esse tem a voz de quem tá com um caralho na boca. Guitarrista: Chris Cheney (The Living End). Faz tudo que o Brian Setzer do Stray Cats faz, porém com mais velocidade e peso. Baixista: Para a molecada só existem dois memoráveis no mundo. Para os fãs do rock MTV tem o Flea, do Red Hot Chili Peppers (33). Para os punkinhos tem o Matt Freeman (Rancid). Fico com o segundo time. Aliás, enquanto escrevia o presente texto, foi lançado o primeiro disco solo do Matt, tocando baixo acústico. Lindo demais. Apesar de bateria ser o meu instrumento, não tem som mais bonito do que o de um baixo acústico sendo devidamente esbofeteado. Sempre quis tocar com alguém que tivesse um.
Baterista: Nossa, são tantos. Sou suspeitíssimo para falar. Ah, bota aí o Bernie Dressel (The Brian Setzer Orchestra), vai. Mais fácil falar os ruins: Rodrigo Barba – Los Hermanos (118), Fabrizio Moretti – The Strokes (103) e Ringo Starr – Calypso (111). Apesar de achá-los ruins, prefiro suas respectivas bandas com eles. Não fossem eles, essas bandas teriam um som diferente e talvez não fossem tão boas. Sei que tinha dito que o Travis Barker, do Blink (92) era o melhor do punk. Ainda acho isso. Você pode não ser fã da banda, assim como eu não sou, mas só de o cara conseguir sair do óbvio neste estilo que limita muito os bateristas, já merece meu respeito. Tem forte influência das marching bands, aquelas dos intervalos de futebol americano.
Apesar de ter o rock e o humor como algumas das minhas principais características, odeio rock engraçadinho. Bem humorado é uma coisa, mas engraçadinho não. Uma que acho legal neste quesito é o Beatallica, que toca isso mesmo que você está pensando (111,109). Outra é Garotos Podres (131). Quando você ouve nem imagina que o vocalista é doutor em história. Como sei que meu gosto é peculiar, jamais me imponho ao fazer festinhas aqui em casa. Se insistirem para eu colocar uma coisa minha, ponho o Me First and the Gimme Gimmes. Um supergrupo que toca versões hardcore de músicas famosas. Não tem como errar.
Ficou com vontade de ouvir todas as bandas acima? Eu, pelo menos, fiquei. Eis abaixo a fabulosa lista das melhores bandas de rock do mundo. Esses negocinhos vermelhos aí são links para quem tá com preguiça de procurar no Youtube:

18- Tiger Army – psychobilly
Melhor música: The calling

17- Pink Floyd (63) – psicodelia
Melhor música: Eclipse

16- Michael Jackson (104) – rei do pop
Melhor música: They don’t care about us

15- 311 – funk rock
Melhor música: Use of time

14- Me First and the Gimme Gimmes – versões hardcore
Melhor música: End of the road

13- Stone Temple Pilots (164) – rock alternativo
Melhor música: Black again

12- Avenged Sevenfold (65) – metal
Melhor música: Almost easy

11- Stray Cats (122) – rockabilly
Melhor música: I won’t stand in your way

10- Guns n’ Roses (68) – hard rock
Melhor música: Double talkin’ jive

9- Ramones (79) – punk
Melhor música: The job that ate my brain

8- The Brian Setzer Orchestra – swing
Melhor música: The dirty boogie

7- Madness – pop ska
Melhor música: Lovestruck

6- Faith No More (128) – metal alternativo
Melhor música: The gentle art of making enemies

5- The Clash (151) – rock
Melhor música: Rock the casbah

4- Rancid – street punk
Melhor música: Bloodclot

3- The Living End – punkabilly
Melhor música: Pictures in the mirror

2- NOFX (130) – skate punk
Melhor música: Freedom like a shopping cart

1 - The Beatles (111) – axé
Melhor música: A day in the life

É isso. Gostaria de agradecer a todos meus detratores por me proporcionarem um dos textos mais prazerosos de escrever. Apesar de considerar o NOFX minha banda preferida, Beatles é um caso a parte. De um lado tem as bandas que eu gosto e de outro, os Beatles. Considerada a maior banda de todos os tempos, merece totalmente o posto que ocupa. Faz direta e indiretamente parte da vida de quase todo mundo. Brian Setzer conseguiu a proeza de figurar com o Stray Cats e o Brian Setzer Orchestra em minha lista. Ia colocar as duas na mesma posição, com uma barra no meio. Mas têm estilos tão diferentes que cada uma merecia destaque. Acredito que a lista e tudo que foi escrito acima justifiquem toda a merda que andei falando nos últimos meses. Se ainda não concorda comigo, tomara que você morra de câncer.
Ainda mostrando como imagem é sim importante, ilustrei a postagem com algo totalmente inocente que eu sempre quis rankear: As melhores capas de disco. Percebe-se que houve certo padrão na escolha. Gostaria que vocês comentassem e dissessem quais ficaram faltando. Aliás, sugiro que cada um faça a própria lista das melhores bandas e coloque nos comentários. É bom saber o perfil dos leitores do Abatedourus. Acredito piamente que você é o que você escuta.
A idéia que tenho de o que é rock é a mais boba e simplória de todas. Tem baixo, guitarra e bateria: Beibe, é rock. Se a guitarra for distorcida então, não tem o que discutir. Por isso não entendi gente falando que Planet Hemp (163) e Mamonas Assassinas (106) não são rock. São o que então, bonitão? Além disso, toda música pop feita da década de 50 para cá eu considero como um subgênero do rock, também. Por isso tantas bandas aparentemente nada a ver na lista das piores. Se colocasse um título mais abrangente como “As piores bandas da música”, ia ter de colocar uma caralhada de axé music no meio, o que ia ser muita forçação de barra.
Antes de eu ir embora, um pouquinho de rancor que sobrou. Dia desses eu tava na comunidade do Avenged Sevenfold (65) quando vi o tópico “As piores bandas de rock do mundo”. Pensei: “Interessante, alguém mais fez uma lista”. Qual não foi a surpresa ao saber que há desconhecidos meus fazendo propaganda do Abatedourus na praça. Havia mais de 80 comentários quando, pela segunda vez, apagaram o tópico por ter virado motivo de discórdias. Colocaram link pro meu perfil e tudo mais. Neguinho falou mal até do meu cavanhaque de pegar mulher. Depois quem preocupa com o visual sou eu. Dia seguinte eu percebo que tem um bando de fãs do Linkin Park (29) visitando meu perfil. Fui na comunidade deles ver o que estava acontecendo. Não é que tinha outra pessoa fazendo propaganda lá também?
A quem criticou por ter colocado artistas solo numa lista de bandas, só posso mandar ir chupar um pinto de jegue. Como se artistas solo realmente tocassem todos os instrumentos num disco. Melhor: Como se a maioria dos grupos, apesar do nome de banda, não passasse de projetos solo de seus respectivos vocalistas. “É muito fácil fazer crítica baseando-se em gosto pessoal”. É claro que a crítica é baseada no meu gosto pessoal, seu viado. O blog leva a porra do meu nome. Talvez eu devesse ter colocado o título: “As 180 piores bandas e artistas solo de rock e outros estilos, mas principalmente rock, do mundo na opinião de Tio Didi, que, por sinal, é autor deste blog”. Agora chega de polêmica. Semana que vem falaremos sobre religião.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Justiça Eleitoral concede direito de resposta ao blog The Didi's Abatedourus

Passei uns dias pensando se deveria ou não escrever este texto-resposta a todos que tem me chamado de burro, ignorante, feio e cara de mamão. Um tal de Anônimo foi a pessoa que mais me xingou. Mamãe sempre me disse que quanto mais a gente mexe na bosta, mais ela fede. A véia sabe das coisas. Seria bom não alimentar o assunto, ainda mais agora que ele já esfriou. E outra: Quanto mais a gente tenta explicar uma piada, mais sem graça ela fica. Mas acabei resolvendo escrevê-lo, pois achei aí um bom pretexto de discursar o que eu considero música boa e música ruim. Também um pouco da minha história com a música e, entre parênteses, a posição das bandas citadas na lista das piores. Inclusive, fiz aquilo que muitos pediram: Minha lista das melhores bandas. E de quebra, uma música que eu indico de cada uma, os melhores instrumentistas, as melhores capas de disco, para não dizerem por aí que só sei falar mal. Verão que as minhas preferidas são as mais dignas de gozação de todas. Para você sentir o drama, entre meus nacionais preferidos, entram Roberto Carlos (90) e Roupa Nova (139). Servirá para me redimir ou para acabar de piorar a merda de vez. Mas só postarei tal texto daqui uns dias. Antes tem um monte de choradeira e mimimi da minha parte.
Para quem não sabe, postei a última parte da lista com as piores bandas de rock do mundo numa noite de sexta e enchi as comunidades que participo com spams. Nem tinha acabado ainda e já tinha gente respondendo. Fiz um lanchinho rápido e, quando voltei, aconteceu o que eu esperava: Na comunidade do Avenged Sevenfold (65) já havia mais de 20 comentários me mandando enfiar a lista no cu. Pensei: “Vou dormir e amanhã, se não tiverem apagado tudo, dou umas risadas”. Resultado: Apagaram tudo. Somando aqui no blog e nas comunidades devo ter recebido até agora uns 300 comentários. As mais defendidas foram Living Colour (177) e Judas Priest (166). Quem teria imaginado isso? Tinha até Beatles (111) no meio e ninguém falou nada. Ironicamente, nas comunidades de punk rock, onde teoricamente deveria ter os mais radicais e intolerantes, foi onde o pessoal mais me entendeu. Talvez porque punk rock seja irônico por natureza. Quem mais se rebelaria contra o sistema dentro de uma jaqueta de couro de R$300,00?
De cara vou mostrando o comentário que elegi como o pior de todos: “Diogo vi seu blog e achei uma perda de tempo. Você tenta ser engraçado ou ‘cool’ sei lá, mas não funciona, não deu certo. Simplesmente desista...”. Olha, você pode me chamar de burro, viado, desonesto. Jamais me chame de sem graça. Já deixei de conversar com gente porque falou isso. Sabe o que é pior? O autor do comentário tem como foto do perfil ele tocando guitarra. Imagine alguém não gostar da música dele e disser: “Simplesmente desista”. Teria isso sido educado? Decidi que quando eu virar blogueiro profissional, contratado por um site multimilionário, esse sujeito vai ser o primeiro a ter isso esfregado na cara. Guardei o nome do figura.
Muitos falaram que, com a lista, eu estava apenas querendo aparecer. Sim, queria divulgar meu blog. Através do texto, talvez alguém fosse ler postagens mais antigas e descobrir meu excepcional talento. Acho que ninguém fez isso. Falha total no meu empreendimento. Agora, qual a diferença do que fiz para um cara que coloca um link numa comunidade dizendo: “Escuta minha banda aê” ou “Olha eu tocando Sweet Child O’mine na guitarra”. Sempre vejo comentários do tipo: “Sua banda é uma merda”. As pessoas têm mania de achar que, por estarem na internet, a educação é dispensável. Amizade, não seja virtualmente aquilo que você não é na vida real. Fui há uns 10 anos atrás num show do Ira! (173) com abertura da banda Último Número. Muitos vaiavam a banda de abertura e gritavam para eles irem embora. Pensei na palhaçada que aquilo era. Imagina você mostrando seu trabalho enquanto as pessoas, ao invés de ficarem quietas, vêm com falta de respeito.
Nos mais de dois anos que escrevo neste blog, praticamente só recebi críticas elogiosas, falando que sou engraçado, escrevo bem e blábláblá. Porém, nas vezes que resolvi falar de música a moçada veio falar que eu escrevo de um jeito infantil e tudo mais. Caso não tenha percebido, o jeito infantil de escrever foi proposital, sua mula. Ano passado, quando mudei a cor do blog de preto para branco, fiz uma piadinha com o Michael Jackson (104). Não é que veio fã da peça rara encher o saco? Quem defende irracionalmente e toma como pessoais as ofensas feitas a um artista está vivendo a vida dos outros.
Não vou mentir: Desde o início sabia que a polêmica seria inevitável. Que cerca de 90% viria com ataques pessoais e 10% diria: “Haha, é isso aí, a banda que eu gosto é ridícula mesmo”. Digo-te que foi para os 10% que escrevi. Meu público é seleto, fi. Mas sinceramente, acho que não valeu a pena. Falo isso de coração aberto. Não compensa tanta carga negativa em cima de mim por conta de algo que é tão bobo. Você tem noção do tanto que é bobo o motivo pelo qual você me atacou? Não tivesse sido eu quem buscou isso quando divulguei meu blog e meu texto, diria que se trata de bullying virtual. Existe uma diferença básica entre as ofensas que fiz a um artista e as ofensas direcionadas a mim. As minhas são inofensivas. Dei a minha opinião, que dificilmente chegará aos ouvidos da banda citada. Ou de seus familiares. Ou de seus amigos. Ou de qualquer pessoa envolvida na produção.
Alguns dos meus raros defensores disseram que foi preciso coragem para mostrar a cara e dar minha opinião, sem medo. Eu até discordo. Não acho que seja necessária coragem para fazer qualquer coisa na internet, já que estou fisicamente protegido. Mas que é necessária uma covardia do caralho para dizer os maiores desaforos e se esconder atrás do nome de Anônimo, isso lá é. Atrás do computador todo mundo vira pitboy. Estivéssemos nós dois frente a frente, você falaria para eu enfiar a lista no meu cu? Mal sabe você que agora eu tô indo mais de uma vez por semana na academia. Estou virando um monstro. Faria você chorar.
Sei que boa parte dos que me xingaram não chegam a ter 20 anos de idade. A maioria precisa diminuir os outros como necessidade de auto-afirmação. Ainda mais se fazem parte de uma panelinha. É o caso da pessoa que me expulsou da comunidade do NOFX (130) por ter corrigido erros de português de um amigo dela. Falando nessa comunidade, foi lá que uma vez disseram: “Esse Diogo está cagando pela boca”. Isso porque eu falei que o Travis Barker, do Blink (92) era um dos melhores bateristas do punk. Jamais dê sua opinião pela internet. Um moleque aí perguntou em que cidade eu moro para ele poder vir cagar na minha cabeça. Veja bem: O cara vai à rodoviária, pega um ônibus, vem aqui em Belo Horizonte, solta uma cagueta na minha cabeça, pega outro ônibus e volta para casa só porque eu falei mal da banda preferida dele. É tão estúpido e infantil quanto o torcedor que parte para a violência simplesmente pelo fato de o outro torcer por time diferente.
A propósito, aos que disseram que eu estava apenas querendo criar polêmica: No dia seguinte à final da Copa do Mundo, postei um texto falando mal de futebol e a porra toda. Bastaria colocar o link na comunidade de qualquer time que a avalanche de xingamentos ia ser 10 vezes maior, visto a paixão que a moçada tem pelo esporte. Ou então, poderia ter colocado os links desta lista nas comunidades do Capital Inicial (3), Bon Jovi (2) ou The Doors (1), que foram os ocupantes do meu pódio. Ao invés disso, resolvi infernizar somente as comunidades que participo.
Tem uma mocinha que trabalha comigo e ama o cantor Belo mais do que tudo. Gosto de provocar ela falando que o cara é traficante e tudo mais. Você acha que ela me chama de imbecil (embora ela tenha motivos para tanto)? Teve gente que teve a cara de pau de vir me defender Restart (50), acredita? E ainda disse: “Olha só essa letra. Vem me falar que não é foda”. Eu pensando: “Nó, eu fui preconceituoso e agora vou quebrar a cara”. Quando vi a letra não acreditei que a menina tava realmente usando aquilo para defender a banda. Imbecil? Certamente. Mas numa coisa ela ganhou da maioria: Tentou me vencer com argumento e não no grito.
“Você acha tal banda ruim? Faz melhor então, babacão”. Você acha meu blog ruim? Faz melhor então, babacão. “Você devia guardar sua opinião pra você”. Sim, devia mesmo. Assim como você guardou a sua. “Você está se achando ‘o’ jornalista dono da verdade”. Bem, a verdade é que tenho sim um diploma de jornalista encostado aqui em casa. Não que isso signifique alguma coisa. E não sou dono da verdade porra nenhuma. Sou dono apenas da minha verdade. Por isso o blog leva o meu nome (para quem não sabe The Didi’s Abatedourus, em bom português, significa, rigorosamente: A Casa do Tio Didi).
Até agora eu não entendo o sentido dos comentários do tipo: “Essa lista é fake”. Muita gente falou isso. Fake como, caralho? Você não leu a lista? Por conseguinte, ela existe de verdade. Acusaram-me de plagiar o blog Papo Bravo, que fez uma lista semelhante. É bem verdade que eu comecei a publicar a minha antes, mas mesmo assim me identifiquei muito com o autor do blog. Ele mete pau em tudo e a avalanche de xingamentos insensatos é bem maior do que aqui. Falando na lista, eu sabia que a maioria ia ler algumas posições e pular outro tanto. Eu teria feito o mesmo. Essa é minha justificativa para quem me criticou por ter passado apenas superficialmente pelos problemas das bandas citadas, sem me aprofundar. Ninguém tem saco de ler coisa grande na internet. Assim como tenho certeza que pouquíssimos chegaram até aqui.
Poucos foram os que entenderam que, para fazer a lista, foi sim preciso que se conhecesse muito de rock e da história das bandas citadas. Eu ter entrado no Wikipédia mil vezes enquanto fazia a lista não teve nada a ver com isso. Os dois fatores que eu acho que mais definem minha personalidade são o humor e o rock. Por que não juntar os dois? E o que tem de engraçado falar bem das coisas? Humor tem tudo a ver com crítica. Independente de eu querer o rótulo ou não, acho que não tem como fugir: Este blog é de humor. Segundo entendedores do assunto, humor inteligente é aquele caracterizado pelo sarcasmo. Tem cara de um texto normal, mas à medida que se desenrola você vai percebendo o quanto aquilo é absurdo. Na contrapartida tem o humor Zorra Total. Ele é óbvio e caracterizado pelo exagero. Dá segurança ao autor de que 100% dos expectadores entenderão a piada. Gosto de pensar que faço parte do primeiro grupo. Para que as pessoas me entendessem de cara, seria preciso que este blog fosse todo colorido, cheio de charges e escrito em letras divertidas.
Uma vez vi no Youtube o vídeo de uma música (muito foda, por sinal) do Mukeka Di Rato que tinha o seguinte refrão: “Visual é tudo, atitude não é nada”. Uma avalanche de gente caindo de pau nos caras por terem dito isso, e eu pensando: “Jesus, nêgo tem que ser muito jegue em não entender o deboche da letra”. Ao tentar explicar numa comunidade que eu sou fã de metade das bandas citadas na lista, alguém respondeu: “É nessas que a gente percebe que pouca gente domina a arte da ironia”. Posso estar errado, mas acho que quem deve dominar a arte da ironia é o receptor, não o emissor.
Mesmo assim, andei dando uma relida em trechos da lista (algumas coisas escrevi quase um ano atrás) e tenho de concordar: Muita merda sem fundamento naquele meio. Tenho a mesma sensação quando leio qualquer texto antigo meu. É aí que tá a graça da coisa. Os caras mais engraçados que conheço ligam a metralhadora giratória e falam mal de tudo, indiscriminadamente. Sim, muitas vezes nos equivocamos. Disse isso quando falei do Eminem (89). Fiz outras autocríticas quando falei do The Toy Dolls (107) e do The Pretenders (134).
A crítica mais freqüente que recebi foi a de, por muitas vezes, eu ter me preocupado mais com o aspecto visual e deixado a música de lado. Concordo que podia ter sido muito menos, mas nem acho que falei tanto assim, falei? Mas você tem que concordar que, não fosse pelo visual, artistas como Lady Gaga (57), Kiss (154) e Gorillaz (145) jamais teriam tido o mesmo sucesso. Não que sejam ruins, mas que o visual ajudou em pelo menos metade da identidade deles, você não pode negar. Por que então a gente gosta de videoclipes? Uma vez eu vi no cinema um documentário chamado Beijing Punk, sobre o punk rock na China (é, também acho). No filme um cara falou que o visual era o mais importante no movimento. E não foi de jeito irônico. Na mesma hora todo mundo caiu na gargalhada. Foi também a parte mais comentada na saída do cinema. Olhei para os lados e não entendi. A maioria dos presentes usava roupas de couro e tachinhas. Eu incluso hahaha. Aliás, não fosse a busca por identidade, por que as pessoas usam camisas de banda?
Suplico também que me entenda. Dispus-me a escrever pelo menos três linhas de cada artista citado. Tem gente que você só sabe que é ruim, mas não sabe bem explicar o porquê. Então é mais fácil atacar o jeito que eles se vestem, uai. Concordo contigo, beeeeem rasteiro da minha parte. Além do mais, muitos falaram que fui muito repetitivo. Imagina então se eu tivesse apenas falado: “Essa tem o vocalista estridente. Essa tem o guitarrista ruim. Essa tem as letras toscas”. Também me chamaram de homofóbico. Disse, quando falei do Queen (86), que não tenho nada contra homossexuais, só não gosto de música gay (132). Estou ciente de que quase todos que me lêem são gays também. Se você se sentiu ofendido por mim, minhas sinceras desculpas. Realmente muito paia isso da minha parte em pleno século XXI. Não tenho nada contra. Eu mesmo já dei o rabo algumas vezes.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

As 180 piores bandas de rock do mundo (Top 20)

20- Engenheiros do Hawaii: Banda também conhecida como Humberto Gessinger. Se o cara é gaúcho, pelo menos podia ser bem humorado. Agora, o que dizer do cara que veio da terra dos engraçadinhos, mas ainda se leva a sério? Pessoas que se acham melhores que os outros porque lêem obras dos grandes pensadores. São grupos como o Engenheiros que sujam o nome do rock.

19- Led Zeppelin: Robert Plant bananeira enquanto Jimmy vira as Pages do jornal. Mais uma daquelas que as pessoas tentam te enfiar goela abaixo. Mas não ouse dizer para ninguém que não gosta. É algum tipo de heresia no meio rock ‘n’ roll. Mas que é chato pra caralho, isso lá é. Odeio vocalistas estridentes e cheios de excessos. Para quem não entende nada, toda essa firula pode parecer que o cara canta pra caralho. A mim, só dói o ouvido. Sempre me disseram também que John Bonham era o melhor baterista do mundo. Já ouvi várias vezes e ainda não entendi o porquê, já que o cara só faz marcações simplórias.

18- Legião Urbana: Olha, te falo que o que mais incomoda nessa banda não é a baitolagem do vocalista. Antes disso, a pose de intelectual, de poeta, de trovador solitário é que me dá nos nervos. E ai de você se falar mal dele perto de uma menina de vinte e poucos anos. Depois que morreu, nem sei quantas vezes vi matérias do tipo “Descoberto caderno com letras inéditas de Renato Russo”. Não sei como pode ser chamado talentoso alguém que fica mudando a ordem normal das palavras numa frase só pra fazer umas riminhas pobres. Para completar, a banda foi formada apenas por pessoas que não sabiam tocar os respectivos instrumentos.

17- Matchbox 20:
No final dos anos 90, muitas bandas de pop rock FM surgiram. Acredito que nenhuma foi mais chata do que esta. A maioria fez o favor de sumir do mapa. Mas outro dia vi na televisão Rob Thomas em carreira solo. Pensei naquele filme do Exterminador do Futuro, em que tentam destruir um ciborgue em vários pedaços, mas ele faz questão de derreter, se reconstituir e voltar pra aterrorizar a moçada.

16- Maroon 5: Estão nesta lista por terem levado à frente o legado das bandas de pop rock FM com número no nome, tais como Third Eye Blind, Three Doors Down, Matchbox 20. São piores do que as citadas porque pertencem ao cenário pop rock FM com número no nome da década de 2000, provavelmente a pior década da música. Sou daqueles tiozões chatos que acha que tudo “no meu tempo era melhor”.

15- The Cure: As pessoas falam que essa banda é dark. Sei lá, o som deles é bem felizinho, em minha opinião. Boys Don’t Cry é uma das músicas mais irritantes de que tenho lembrança. A primeira vez que vi Robert Smith tive a nítida impressão de que ele era um cara cabeludo que, ao visitar o barbeiro, no meio do corte falou: “Peraí, peraí. Pode deixar assim mesmo que tá legal.”. Visual de Edward Mãos de Tesoura ridículo do caralho.

14- Jimi Hendrix: O idiota que morreu tentando engolir o próprio vômito. Desde que eu soube disso, toda vez que uma comida me faz mal, eu faço o que tiver de fazer ali mesmo. Vai que eu morro igual o Jimi. Nunca consegui escutá-lo. Primeiro porque ele não canta, mas apenas solta umas frases no meio da música. Outra porque eu não considero que ele toque guitarra bem (ó que pecado). Acho que ele apenas fica brincando com os efeitos da guitarra. Não é nem um pouco harmonioso. E sua banda de apoio, idem.

13- Biquíni Cavadão: Provavelmente os únicos que ainda não gravaram um Acústico. Ou será que gravaram? De todos do BRock, esses ganham em matéria de pior nome. Parece nome de conjunto de forró. Daqueles que participam de coletâneas que vendem naquelas gôndolas de R$4,50, com uma mulher de fio dental na capa. Também não me simpatizo com o vocalista.

12- Kid Abelha: Se permanecesse com o subtítulo “e os Abóboras Selvagens”, ganharia do Biquíni o posto de pior nome do BRock. Tinha o Leoni, compositor mais biscate dos anos 80. Tinha também Paula Toilet, mocinha que, em mais de vinte anos de carreira, não aprendeu a cantar. Vi um show deles no Rock In Rio, onde tinha um negão do meu lado soltando a franga ao som de “eu quero você como eu quero”. Passei a ter mais medo ainda. E quem responde ao “fazer amor de madrugada” com “em cima da cama, embaixo da escada” e “primeiro a patroa, depois a empregada” é mais irritante do que quem grita “toca Raul” ou quem fala “é pavê ou pacumê?”.

11- Dire Straits: Não consigo explicar porque os odeio tanto. Mas odeio. Com todas as minhas forças. Talvez por serem coloridos demais, com seus ternos de ombreiras e mangas arregaçadas. Talvez por Mark Knopfler tentar disfarçar a careca com uma bandana. Talvez porque quem curte eles gosta de rock, mas tem espírito de boy micareteiro. Com certeza os longos solinhos de guitarra não ajudam.

10- Pearl Jam: Não entendo como tem tanta gente que gosta deles. Eddie Vedder parece que canta com um pão de queijo quente na boca. Se tem alguém que não merece o posto que ocupa, são esses caras. Eu gostava do baterista. Baterista este que foi substituído por um cara mediano, do Soundgarden. Tenho que dar crédito a eles de uma coisa: Fizeram um favor à humanidade sumindo da mídia por vários anos. Como ninguém pode viver só de amor e todos precisam de dinheiro, acabaram voltando. Passei a odiá-los ainda mais depois de ver a versão desmaiada que fizeram de Know Your Rights, do The Clash. Como uma banda pode ser tão ruim?

9- Janis Joplin: Sósia do Ozzy Osbourne. A sapatão hippie de voz irritante. Essa é ruim de com força. Por mim, ela podia pegar a Mercedes Benz maldita e ir com ela pro inferno. Oh, ela já fez isso? Que bom então. De todas as vozes estridentes e irritantes, acho que essa ganha. E que saber mais? Hippie de cu é rôla.

8- Cordel do Fogo Encantado: Tenho preguiça de qualquer coisa que seja, assim, artístico. Qualquer coisa que envolva teatro, circo, poesia e literatura. Pior ainda, literatura de cordel. Isso é coisa para estudante de história que usa sandália de couro e bolsa de carteiro. Mulherada também gosta. E, para completar, é mais um daqueles grupos de batucada regional.

7- U2: Não sei se a Irlanda conseguiu produzir alguma banda boa em todos esses anos de existência. O Cranberries acabou sendo cortado da lista na última hora, para que a mesma não ficasse demasiado grande. Antes de ser um desses ativistas políticos Capitão Planeta chatos pra caralho, Bono Vox já não me descia pela garganta (olha a maldade). Imagina depois. Não sei o que esse cara tem, se é o sotaque irlandês, se são os óculos de abelha, se é a voz estrategicamente desafinada, mas toda vez que o vejo, tenho vontade de dar um socão na cara dele.

6- Barão Vermelho: Mais apropriado seria chamá-los de Barrão Vermelho. Sabe quando a merda desce arranhando as paredes do cu? Conseguiram a proeza de, numa banda só, reunir dois dos vocalistas mais péla-saco do Brasil. Quem nunca viu o Cazuza pode muito facilmente descobrir sua opção sexual só de ouvi-lo cantando. Alguém sabe explicar qual a relação entre o homossexualismo e a fimose na língua? Depois que morreu, assumiu Roberto Frejat. Não sei o que esse cara tem, se é a vozinha rouca, se é o cabelo enroladinho com Soul Glo, mas toda vez que o vejo, tenho vontade de dar um socão na cara dele.

5- Creed: Se não gosto do Pearl Jam, o que dizer então das cópias malfeitas, tipo Silverchair, Bush e esta em questão? E o cara ainda usa calça de couro. Não tem nem graça escrever sobre ela. Talvez porque seja uma banda igualmente sem graça. A maior unanimidade em matéria de banda ruim que existe. Lidera praticamente todas as listas desse tipo. Outro dia tava lendo pessoas na internet defendendo o Creed, mostrando que eles tinham mudado e melhorado o som. Não adianta, parceiro. A merda já tá feita.

4- Nickelback: Assim como o Creed, é outra que pode se chamar de ruim, sem causar polêmica. O grunge já estava muito bom onde ele estava: Enterrado. Mas sempre vem um filho de uma boa mãe, tipo Seether, Puddle of Mudd, Godsmak ou qualquer outra com vocalista que canta fazendo força pra cagar, e tenta ressuscitar o gênero de música arrastadona. No Nickelback, a pieguice sem tamanho das letras é ainda mais evidente. Claro que Chad Kroeger ia cantar fazendo força pra cagar, se da boca dele só sai bosta.

3- Capital Inicial: Nossa, o cerco tá se fechando e fica cada vez mais difícil saber quem é o frontman mais chato do rock nacional. Dinho Ouro Preto tá entre os primeiros por falar com os olhos arregalados e a bochecha travada de quem cheirou muito e por falar “cara” no final de cada frase. Com uma voz de ovelha fazendo mééé, o cara acha que canta pra caralho. O tremidinho é uma das técnicas vocais mais chatas que existe. Se eu pegar no meu gogó e chacoalhar enquanto canto, também consigo fazer. Um dos maiores exemplos de banda vendida que existe. Cada vez mais pop, tocam até em festa do peão boiadeiro. Ainda mais depois que Yves Passarel entrou.

2- Bon Jovi: Aparentemente, Bon Jovi é o nome da banda. O vocalista que abusou do clareamento dentário se chama Jon. Jon Bon Jovi. Lançou até uns discos solo. Agora, alguém sabe realmente diferenciar o que é solo o que é da banda? É tudo baladinha romântica mela cueca. Sinceramente, se algum cara me falar que gosta deles, vou achar que é viado. Só mulher metida a rockeirazinha pra gostar dessa banda mesmo, rapá. Mas eu as entendo, já que o vocalista é um gato. Ai que loucura!

1- The Doors: Jim Morrison termina o grupo de rockeiros setentistas que começam com “J” e morreram por causa das drogas. Sempre tive preguiça desses filósofos que vestem preto. Não consigo entender porra nenhuma nas letras desses poetas (punhetas?) da música. Tudo não passa de um pretexto para comer mulher. E Jim ainda fazia questão de cantar da maneira mais chata possível. Para completar, toda essa punhetação era acompanhada por um tecladinho safado de igreja. E mais: na hora de formarem a banda, lembraram-se da bateria, da guitarra, do teclado safado, do vocal bêbado. “Baixo? Ah sim, aquela guitarra com quatro cordas. Hum”.


Taí, mocidade. Obrigado a todos que me acompanharam nesta saga. Perdi a conta de quantas fotos com caras segurando a fivela do cinto eu vi nos últimos três meses. A essa altura, já lembrei um tanto de outras bandas. Chegaria aos 250 facinho. Estou perfeitamente ciente de que tem umas 20 na lista que nem rock é. Mas tem tanta coisa tosca aí na praça que não poderia ficar de fora. Eu sei que você agora está pensando que eu sou um grande idiota que não entende nada de música. Mas se você está lendo isso, é sinal de que me acompanhou até aqui. Pensando assim, mais idiota ainda é você. Eu não leio gente que eu acho imbecil. Lembre-se de que, se você fizesse sua lista, também seria criticado. Este blog não é jornalístico e não tem qualquer compromisso com a verdade. Teve gente que me falou: “Você acha tal banda ruim? Você precisa conhecer melhor”. Bem, pra que eu vou querer conhecer melhor algo que eu não gosto? Por acaso sou algum louco que gosta de se torturar? É impressionante como sempre que aparece alguém com opinião musical que o outro discorda, tem um que começa: “Esse cara deve curtir Cine, NX Zero”. Pergunto-te: Fã desses caras por acaso vai conhecer o nome de 180 bandas? Se me acusarem de pagodeiro, a resposta é a mesma. Impressionante como tenho alguns conhecidos que nunca me criticaram nem nada. Mas foi só começar a falar de música que começaram: “Pô Diogo, agora perdi o respeito por ti, mermão”. Fãs se sentem pessoalmente ofendidos se a gente fala do ídolo deles. Quem me conhece de verdade sabe que sou fã de boa parte dos citados aqui. “Então porque você colocou na lista?” Resposta muito simples: Sei lá. Talvez por um espírito de revolucionário que gosta de fazer crítica pela crítica. Ou para mostrar que todas as bandas têm defeitos. Todas, inclusive aquelas que você gosta. Se você não enxerga isso, é porque é um fanático cego e bitolado. E mais: Quem não tiver bom humor, não merece ler meu blog. Ui, nervosinha ela!

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