Justiça Eleitoral concede direito de resposta ao blog The Didi's Abatedourus
Passei uns dias pensando se deveria ou não escrever este texto-resposta a todos que tem me chamado de burro, ignorante, feio e cara de mamão. Um tal de Anônimo foi a pessoa que mais me xingou. Mamãe sempre me disse que quanto mais a gente mexe na bosta, mais ela fede. A véia sabe das coisas. Seria bom não alimentar o assunto, ainda mais agora que ele já esfriou. E outra: Quanto mais a gente tenta explicar uma piada, mais sem graça ela fica. Mas acabei resolvendo escrevê-lo, pois achei aí um bom pretexto de discursar o que eu considero música boa e música ruim. Também um pouco da minha história com a música e, entre parênteses, a posição das bandas citadas na lista das piores. Inclusive, fiz aquilo que muitos pediram: Minha lista das melhores bandas. E de quebra, uma música que eu indico de cada uma, os melhores instrumentistas, as melhores capas de disco, para não dizerem por aí que só sei falar mal. Verão que as minhas preferidas são as mais dignas de gozação de todas. Para você sentir o drama, entre meus nacionais preferidos, entram Roberto Carlos (90) e Roupa Nova (139). Servirá para me redimir ou para acabar de piorar a merda de vez. Mas só postarei tal texto daqui uns dias. Antes tem um monte de choradeira e mimimi da minha parte.
Para quem não sabe, postei a última parte da lista com as piores bandas de rock do mundo numa noite de sexta e enchi as comunidades que participo com spams. Nem tinha acabado ainda e já tinha gente respondendo. Fiz um lanchinho rápido e, quando voltei, aconteceu o que eu esperava: Na comunidade do Avenged Sevenfold (65) já havia mais de 20 comentários me mandando enfiar a lista no cu. Pensei: “Vou dormir e amanhã, se não tiverem apagado tudo, dou umas risadas”. Resultado: Apagaram tudo. Somando aqui no blog e nas comunidades devo ter recebido até agora uns 300 comentários. As mais defendidas foram Living Colour (177) e Judas Priest (166). Quem teria imaginado isso? Tinha até Beatles (111) no meio e ninguém falou nada. Ironicamente, nas comunidades de punk rock, onde teoricamente deveria ter os mais radicais e intolerantes, foi onde o pessoal mais me entendeu. Talvez porque punk rock seja irônico por natureza. Quem mais se rebelaria contra o sistema dentro de uma jaqueta de couro de R$300,00?
De cara vou mostrando o comentário que elegi como o pior de todos: “Diogo vi seu blog e achei uma perda de tempo. Você tenta ser engraçado ou ‘cool’ sei lá, mas não funciona, não deu certo. Simplesmente desista...”. Olha, você pode me chamar de burro, viado, desonesto. Jamais me chame de sem graça. Já deixei de conversar com gente porque falou isso. Sabe o que é pior? O autor do comentário tem como foto do perfil ele tocando guitarra. Imagine alguém não gostar da música dele e disser: “Simplesmente desista”. Teria isso sido educado? Decidi que quando eu virar blogueiro profissional, contratado por um site multimilionário, esse sujeito vai ser o primeiro a ter isso esfregado na cara. Guardei o nome do figura.
Muitos falaram que, com a lista, eu estava apenas querendo aparecer. Sim, queria divulgar meu blog. Através do texto, talvez alguém fosse ler postagens mais antigas e descobrir meu excepcional talento. Acho que ninguém fez isso. Falha total no meu empreendimento. Agora, qual a diferença do que fiz para um cara que coloca um link numa comunidade dizendo: “Escuta minha banda aê” ou “Olha eu tocando Sweet Child O’mine na guitarra”. Sempre vejo comentários do tipo: “Sua banda é uma merda”. As pessoas têm mania de achar que, por estarem na internet, a educação é dispensável. Amizade, não seja virtualmente aquilo que você não é na vida real. Fui há uns 10 anos atrás num show do Ira! (173) com abertura da banda Último Número. Muitos vaiavam a banda de abertura e gritavam para eles irem embora. Pensei na palhaçada que aquilo era. Imagina você mostrando seu trabalho enquanto as pessoas, ao invés de ficarem quietas, vêm com falta de respeito.
Nos mais de dois anos que escrevo neste blog, praticamente só recebi críticas elogiosas, falando que sou engraçado, escrevo bem e blábláblá. Porém, nas vezes que resolvi falar de música a moçada veio falar que eu escrevo de um jeito infantil e tudo mais. Caso não tenha percebido, o jeito infantil de escrever foi proposital, sua mula. Ano passado, quando mudei a cor do blog de preto para branco, fiz uma piadinha com o Michael Jackson (104). Não é que veio fã da peça rara encher o saco? Quem defende irracionalmente e toma como pessoais as ofensas feitas a um artista está vivendo a vida dos outros.
Não vou mentir: Desde o início sabia que a polêmica seria inevitável. Que cerca de 90% viria com ataques pessoais e 10% diria: “Haha, é isso aí, a banda que eu gosto é ridícula mesmo”. Digo-te que foi para os 10% que escrevi. Meu público é seleto, fi. Mas sinceramente, acho que não valeu a pena. Falo isso de coração aberto. Não compensa tanta carga negativa em cima de mim por conta de algo que é tão bobo. Você tem noção do tanto que é bobo o motivo pelo qual você me atacou? Não tivesse sido eu quem buscou isso quando divulguei meu blog e meu texto, diria que se trata de bullying virtual. Existe uma diferença básica entre as ofensas que fiz a um artista e as ofensas direcionadas a mim. As minhas são inofensivas. Dei a minha opinião, que dificilmente chegará aos ouvidos da banda citada. Ou de seus familiares. Ou de seus amigos. Ou de qualquer pessoa envolvida na produção.
Alguns dos meus raros defensores disseram que foi preciso coragem para mostrar a cara e dar minha opinião, sem medo. Eu até discordo. Não acho que seja necessária coragem para fazer qualquer coisa na internet, já que estou fisicamente protegido. Mas que é necessária uma covardia do caralho para dizer os maiores desaforos e se esconder atrás do nome de Anônimo, isso lá é. Atrás do computador todo mundo vira pitboy. Estivéssemos nós dois frente a frente, você falaria para eu enfiar a lista no meu cu? Mal sabe você que agora eu tô indo mais de uma vez por semana na academia. Estou virando um monstro. Faria você chorar.
Sei que boa parte dos que me xingaram não chegam a ter 20 anos de idade. A maioria precisa diminuir os outros como necessidade de auto-afirmação. Ainda mais se fazem parte de uma panelinha. É o caso da pessoa que me expulsou da comunidade do NOFX (130) por ter corrigido erros de português de um amigo dela. Falando nessa comunidade, foi lá que uma vez disseram: “Esse Diogo está cagando pela boca”. Isso porque eu falei que o Travis Barker, do Blink (92) era um dos melhores bateristas do punk. Jamais dê sua opinião pela internet. Um moleque aí perguntou em que cidade eu moro para ele poder vir cagar na minha cabeça. Veja bem: O cara vai à rodoviária, pega um ônibus, vem aqui em Belo Horizonte, solta uma cagueta na minha cabeça, pega outro ônibus e volta para casa só porque eu falei mal da banda preferida dele. É tão estúpido e infantil quanto o torcedor que parte para a violência simplesmente pelo fato de o outro torcer por time diferente.
A propósito, aos que disseram que eu estava apenas querendo criar polêmica: No dia seguinte à final da Copa do Mundo, postei um texto falando mal de futebol e a porra toda. Bastaria colocar o link na comunidade de qualquer time que a avalanche de xingamentos ia ser 10 vezes maior, visto a paixão que a moçada tem pelo esporte. Ou então, poderia ter colocado os links desta lista nas comunidades do Capital Inicial (3), Bon Jovi (2) ou The Doors (1), que foram os ocupantes do meu pódio. Ao invés disso, resolvi infernizar somente as comunidades que participo.
Tem uma mocinha que trabalha comigo e ama o cantor Belo mais do que tudo. Gosto de provocar ela falando que o cara é traficante e tudo mais. Você acha que ela me chama de imbecil (embora ela tenha motivos para tanto)? Teve gente que teve a cara de pau de vir me defender Restart (50), acredita? E ainda disse: “Olha só essa letra. Vem me falar que não é foda”. Eu pensando: “Nó, eu fui preconceituoso e agora vou quebrar a cara”. Quando vi a letra não acreditei que a menina tava realmente usando aquilo para defender a banda. Imbecil? Certamente. Mas numa coisa ela ganhou da maioria: Tentou me vencer com argumento e não no grito.
“Você acha tal banda ruim? Faz melhor então, babacão”. Você acha meu blog ruim? Faz melhor então, babacão. “Você devia guardar sua opinião pra você”. Sim, devia mesmo. Assim como você guardou a sua. “Você está se achando ‘o’ jornalista dono da verdade”. Bem, a verdade é que tenho sim um diploma de jornalista encostado aqui em casa. Não que isso signifique alguma coisa. E não sou dono da verdade porra nenhuma. Sou dono apenas da minha verdade. Por isso o blog leva o meu nome (para quem não sabe The Didi’s Abatedourus, em bom português, significa, rigorosamente: A Casa do Tio Didi).
Até agora eu não entendo o sentido dos comentários do tipo: “Essa lista é fake”. Muita gente falou isso. Fake como, caralho? Você não leu a lista? Por conseguinte, ela existe de verdade. Acusaram-me de plagiar o blog Papo Bravo, que fez uma lista semelhante. É bem verdade que eu comecei a publicar a minha antes, mas mesmo assim me identifiquei muito com o autor do blog. Ele mete pau em tudo e a avalanche de xingamentos insensatos é bem maior do que aqui. Falando na lista, eu sabia que a maioria ia ler algumas posições e pular outro tanto. Eu teria feito o mesmo. Essa é minha justificativa para quem me criticou por ter passado apenas superficialmente pelos problemas das bandas citadas, sem me aprofundar. Ninguém tem saco de ler coisa grande na internet. Assim como tenho certeza que pouquíssimos chegaram até aqui.
Poucos foram os que entenderam que, para fazer a lista, foi sim preciso que se conhecesse muito de rock e da história das bandas citadas. Eu ter entrado no Wikipédia mil vezes enquanto fazia a lista não teve nada a ver com isso. Os dois fatores que eu acho que mais definem minha personalidade são o humor e o rock. Por que não juntar os dois? E o que tem de engraçado falar bem das coisas? Humor tem tudo a ver com crítica. Independente de eu querer o rótulo ou não, acho que não tem como fugir: Este blog é de humor. Segundo entendedores do assunto, humor inteligente é aquele caracterizado pelo sarcasmo. Tem cara de um texto normal, mas à medida que se desenrola você vai percebendo o quanto aquilo é absurdo. Na contrapartida tem o humor Zorra Total. Ele é óbvio e caracterizado pelo exagero. Dá segurança ao autor de que 100% dos expectadores entenderão a piada. Gosto de pensar que faço parte do primeiro grupo. Para que as pessoas me entendessem de cara, seria preciso que este blog fosse todo colorido, cheio de charges e escrito em letras divertidas.
Uma vez vi no Youtube o vídeo de uma música (muito foda, por sinal) do Mukeka Di Rato que tinha o seguinte refrão: “Visual é tudo, atitude não é nada”. Uma avalanche de gente caindo de pau nos caras por terem dito isso, e eu pensando: “Jesus, nêgo tem que ser muito jegue em não entender o deboche da letra”. Ao tentar explicar numa comunidade que eu sou fã de metade das bandas citadas na lista, alguém respondeu: “É nessas que a gente percebe que pouca gente domina a arte da ironia”. Posso estar errado, mas acho que quem deve dominar a arte da ironia é o receptor, não o emissor.
Mesmo assim, andei dando uma relida em trechos da lista (algumas coisas escrevi quase um ano atrás) e tenho de concordar: Muita merda sem fundamento naquele meio. Tenho a mesma sensação quando leio qualquer texto antigo meu. É aí que tá a graça da coisa. Os caras mais engraçados que conheço ligam a metralhadora giratória e falam mal de tudo, indiscriminadamente. Sim, muitas vezes nos equivocamos. Disse isso quando falei do Eminem (89). Fiz outras autocríticas quando falei do The Toy Dolls (107) e do The Pretenders (134).
A crítica mais freqüente que recebi foi a de, por muitas vezes, eu ter me preocupado mais com o aspecto visual e deixado a música de lado. Concordo que podia ter sido muito menos, mas nem acho que falei tanto assim, falei? Mas você tem que concordar que, não fosse pelo visual, artistas como Lady Gaga (57), Kiss (154) e Gorillaz (145) jamais teriam tido o mesmo sucesso. Não que sejam ruins, mas que o visual ajudou em pelo menos metade da identidade deles, você não pode negar. Por que então a gente gosta de videoclipes? Uma vez eu vi no cinema um documentário chamado Beijing Punk, sobre o punk rock na China (é, também acho). No filme um cara falou que o visual era o mais importante no movimento. E não foi de jeito irônico. Na mesma hora todo mundo caiu na gargalhada. Foi também a parte mais comentada na saída do cinema. Olhei para os lados e não entendi. A maioria dos presentes usava roupas de couro e tachinhas. Eu incluso hahaha. Aliás, não fosse a busca por identidade, por que as pessoas usam camisas de banda?
Suplico também que me entenda. Dispus-me a escrever pelo menos três linhas de cada artista citado. Tem gente que você só sabe que é ruim, mas não sabe bem explicar o porquê. Então é mais fácil atacar o jeito que eles se vestem, uai. Concordo contigo, beeeeem rasteiro da minha parte. Além do mais, muitos falaram que fui muito repetitivo. Imagina então se eu tivesse apenas falado: “Essa tem o vocalista estridente. Essa tem o guitarrista ruim. Essa tem as letras toscas”. Também me chamaram de homofóbico. Disse, quando falei do Queen (86), que não tenho nada contra homossexuais, só não gosto de música gay (132). Estou ciente de que quase todos que me lêem são gays também. Se você se sentiu ofendido por mim, minhas sinceras desculpas. Realmente muito paia isso da minha parte em pleno século XXI. Não tenho nada contra. Eu mesmo já dei o rabo algumas vezes.
Para quem não sabe, postei a última parte da lista com as piores bandas de rock do mundo numa noite de sexta e enchi as comunidades que participo com spams. Nem tinha acabado ainda e já tinha gente respondendo. Fiz um lanchinho rápido e, quando voltei, aconteceu o que eu esperava: Na comunidade do Avenged Sevenfold (65) já havia mais de 20 comentários me mandando enfiar a lista no cu. Pensei: “Vou dormir e amanhã, se não tiverem apagado tudo, dou umas risadas”. Resultado: Apagaram tudo. Somando aqui no blog e nas comunidades devo ter recebido até agora uns 300 comentários. As mais defendidas foram Living Colour (177) e Judas Priest (166). Quem teria imaginado isso? Tinha até Beatles (111) no meio e ninguém falou nada. Ironicamente, nas comunidades de punk rock, onde teoricamente deveria ter os mais radicais e intolerantes, foi onde o pessoal mais me entendeu. Talvez porque punk rock seja irônico por natureza. Quem mais se rebelaria contra o sistema dentro de uma jaqueta de couro de R$300,00?
De cara vou mostrando o comentário que elegi como o pior de todos: “Diogo vi seu blog e achei uma perda de tempo. Você tenta ser engraçado ou ‘cool’ sei lá, mas não funciona, não deu certo. Simplesmente desista...”. Olha, você pode me chamar de burro, viado, desonesto. Jamais me chame de sem graça. Já deixei de conversar com gente porque falou isso. Sabe o que é pior? O autor do comentário tem como foto do perfil ele tocando guitarra. Imagine alguém não gostar da música dele e disser: “Simplesmente desista”. Teria isso sido educado? Decidi que quando eu virar blogueiro profissional, contratado por um site multimilionário, esse sujeito vai ser o primeiro a ter isso esfregado na cara. Guardei o nome do figura.
Muitos falaram que, com a lista, eu estava apenas querendo aparecer. Sim, queria divulgar meu blog. Através do texto, talvez alguém fosse ler postagens mais antigas e descobrir meu excepcional talento. Acho que ninguém fez isso. Falha total no meu empreendimento. Agora, qual a diferença do que fiz para um cara que coloca um link numa comunidade dizendo: “Escuta minha banda aê” ou “Olha eu tocando Sweet Child O’mine na guitarra”. Sempre vejo comentários do tipo: “Sua banda é uma merda”. As pessoas têm mania de achar que, por estarem na internet, a educação é dispensável. Amizade, não seja virtualmente aquilo que você não é na vida real. Fui há uns 10 anos atrás num show do Ira! (173) com abertura da banda Último Número. Muitos vaiavam a banda de abertura e gritavam para eles irem embora. Pensei na palhaçada que aquilo era. Imagina você mostrando seu trabalho enquanto as pessoas, ao invés de ficarem quietas, vêm com falta de respeito.
Nos mais de dois anos que escrevo neste blog, praticamente só recebi críticas elogiosas, falando que sou engraçado, escrevo bem e blábláblá. Porém, nas vezes que resolvi falar de música a moçada veio falar que eu escrevo de um jeito infantil e tudo mais. Caso não tenha percebido, o jeito infantil de escrever foi proposital, sua mula. Ano passado, quando mudei a cor do blog de preto para branco, fiz uma piadinha com o Michael Jackson (104). Não é que veio fã da peça rara encher o saco? Quem defende irracionalmente e toma como pessoais as ofensas feitas a um artista está vivendo a vida dos outros.
Não vou mentir: Desde o início sabia que a polêmica seria inevitável. Que cerca de 90% viria com ataques pessoais e 10% diria: “Haha, é isso aí, a banda que eu gosto é ridícula mesmo”. Digo-te que foi para os 10% que escrevi. Meu público é seleto, fi. Mas sinceramente, acho que não valeu a pena. Falo isso de coração aberto. Não compensa tanta carga negativa em cima de mim por conta de algo que é tão bobo. Você tem noção do tanto que é bobo o motivo pelo qual você me atacou? Não tivesse sido eu quem buscou isso quando divulguei meu blog e meu texto, diria que se trata de bullying virtual. Existe uma diferença básica entre as ofensas que fiz a um artista e as ofensas direcionadas a mim. As minhas são inofensivas. Dei a minha opinião, que dificilmente chegará aos ouvidos da banda citada. Ou de seus familiares. Ou de seus amigos. Ou de qualquer pessoa envolvida na produção.
Alguns dos meus raros defensores disseram que foi preciso coragem para mostrar a cara e dar minha opinião, sem medo. Eu até discordo. Não acho que seja necessária coragem para fazer qualquer coisa na internet, já que estou fisicamente protegido. Mas que é necessária uma covardia do caralho para dizer os maiores desaforos e se esconder atrás do nome de Anônimo, isso lá é. Atrás do computador todo mundo vira pitboy. Estivéssemos nós dois frente a frente, você falaria para eu enfiar a lista no meu cu? Mal sabe você que agora eu tô indo mais de uma vez por semana na academia. Estou virando um monstro. Faria você chorar.
Sei que boa parte dos que me xingaram não chegam a ter 20 anos de idade. A maioria precisa diminuir os outros como necessidade de auto-afirmação. Ainda mais se fazem parte de uma panelinha. É o caso da pessoa que me expulsou da comunidade do NOFX (130) por ter corrigido erros de português de um amigo dela. Falando nessa comunidade, foi lá que uma vez disseram: “Esse Diogo está cagando pela boca”. Isso porque eu falei que o Travis Barker, do Blink (92) era um dos melhores bateristas do punk. Jamais dê sua opinião pela internet. Um moleque aí perguntou em que cidade eu moro para ele poder vir cagar na minha cabeça. Veja bem: O cara vai à rodoviária, pega um ônibus, vem aqui em Belo Horizonte, solta uma cagueta na minha cabeça, pega outro ônibus e volta para casa só porque eu falei mal da banda preferida dele. É tão estúpido e infantil quanto o torcedor que parte para a violência simplesmente pelo fato de o outro torcer por time diferente.
A propósito, aos que disseram que eu estava apenas querendo criar polêmica: No dia seguinte à final da Copa do Mundo, postei um texto falando mal de futebol e a porra toda. Bastaria colocar o link na comunidade de qualquer time que a avalanche de xingamentos ia ser 10 vezes maior, visto a paixão que a moçada tem pelo esporte. Ou então, poderia ter colocado os links desta lista nas comunidades do Capital Inicial (3), Bon Jovi (2) ou The Doors (1), que foram os ocupantes do meu pódio. Ao invés disso, resolvi infernizar somente as comunidades que participo.
Tem uma mocinha que trabalha comigo e ama o cantor Belo mais do que tudo. Gosto de provocar ela falando que o cara é traficante e tudo mais. Você acha que ela me chama de imbecil (embora ela tenha motivos para tanto)? Teve gente que teve a cara de pau de vir me defender Restart (50), acredita? E ainda disse: “Olha só essa letra. Vem me falar que não é foda”. Eu pensando: “Nó, eu fui preconceituoso e agora vou quebrar a cara”. Quando vi a letra não acreditei que a menina tava realmente usando aquilo para defender a banda. Imbecil? Certamente. Mas numa coisa ela ganhou da maioria: Tentou me vencer com argumento e não no grito.
“Você acha tal banda ruim? Faz melhor então, babacão”. Você acha meu blog ruim? Faz melhor então, babacão. “Você devia guardar sua opinião pra você”. Sim, devia mesmo. Assim como você guardou a sua. “Você está se achando ‘o’ jornalista dono da verdade”. Bem, a verdade é que tenho sim um diploma de jornalista encostado aqui em casa. Não que isso signifique alguma coisa. E não sou dono da verdade porra nenhuma. Sou dono apenas da minha verdade. Por isso o blog leva o meu nome (para quem não sabe The Didi’s Abatedourus, em bom português, significa, rigorosamente: A Casa do Tio Didi).
Até agora eu não entendo o sentido dos comentários do tipo: “Essa lista é fake”. Muita gente falou isso. Fake como, caralho? Você não leu a lista? Por conseguinte, ela existe de verdade. Acusaram-me de plagiar o blog Papo Bravo, que fez uma lista semelhante. É bem verdade que eu comecei a publicar a minha antes, mas mesmo assim me identifiquei muito com o autor do blog. Ele mete pau em tudo e a avalanche de xingamentos insensatos é bem maior do que aqui. Falando na lista, eu sabia que a maioria ia ler algumas posições e pular outro tanto. Eu teria feito o mesmo. Essa é minha justificativa para quem me criticou por ter passado apenas superficialmente pelos problemas das bandas citadas, sem me aprofundar. Ninguém tem saco de ler coisa grande na internet. Assim como tenho certeza que pouquíssimos chegaram até aqui.
Poucos foram os que entenderam que, para fazer a lista, foi sim preciso que se conhecesse muito de rock e da história das bandas citadas. Eu ter entrado no Wikipédia mil vezes enquanto fazia a lista não teve nada a ver com isso. Os dois fatores que eu acho que mais definem minha personalidade são o humor e o rock. Por que não juntar os dois? E o que tem de engraçado falar bem das coisas? Humor tem tudo a ver com crítica. Independente de eu querer o rótulo ou não, acho que não tem como fugir: Este blog é de humor. Segundo entendedores do assunto, humor inteligente é aquele caracterizado pelo sarcasmo. Tem cara de um texto normal, mas à medida que se desenrola você vai percebendo o quanto aquilo é absurdo. Na contrapartida tem o humor Zorra Total. Ele é óbvio e caracterizado pelo exagero. Dá segurança ao autor de que 100% dos expectadores entenderão a piada. Gosto de pensar que faço parte do primeiro grupo. Para que as pessoas me entendessem de cara, seria preciso que este blog fosse todo colorido, cheio de charges e escrito em letras divertidas.
Uma vez vi no Youtube o vídeo de uma música (muito foda, por sinal) do Mukeka Di Rato que tinha o seguinte refrão: “Visual é tudo, atitude não é nada”. Uma avalanche de gente caindo de pau nos caras por terem dito isso, e eu pensando: “Jesus, nêgo tem que ser muito jegue em não entender o deboche da letra”. Ao tentar explicar numa comunidade que eu sou fã de metade das bandas citadas na lista, alguém respondeu: “É nessas que a gente percebe que pouca gente domina a arte da ironia”. Posso estar errado, mas acho que quem deve dominar a arte da ironia é o receptor, não o emissor.
Mesmo assim, andei dando uma relida em trechos da lista (algumas coisas escrevi quase um ano atrás) e tenho de concordar: Muita merda sem fundamento naquele meio. Tenho a mesma sensação quando leio qualquer texto antigo meu. É aí que tá a graça da coisa. Os caras mais engraçados que conheço ligam a metralhadora giratória e falam mal de tudo, indiscriminadamente. Sim, muitas vezes nos equivocamos. Disse isso quando falei do Eminem (89). Fiz outras autocríticas quando falei do The Toy Dolls (107) e do The Pretenders (134).
A crítica mais freqüente que recebi foi a de, por muitas vezes, eu ter me preocupado mais com o aspecto visual e deixado a música de lado. Concordo que podia ter sido muito menos, mas nem acho que falei tanto assim, falei? Mas você tem que concordar que, não fosse pelo visual, artistas como Lady Gaga (57), Kiss (154) e Gorillaz (145) jamais teriam tido o mesmo sucesso. Não que sejam ruins, mas que o visual ajudou em pelo menos metade da identidade deles, você não pode negar. Por que então a gente gosta de videoclipes? Uma vez eu vi no cinema um documentário chamado Beijing Punk, sobre o punk rock na China (é, também acho). No filme um cara falou que o visual era o mais importante no movimento. E não foi de jeito irônico. Na mesma hora todo mundo caiu na gargalhada. Foi também a parte mais comentada na saída do cinema. Olhei para os lados e não entendi. A maioria dos presentes usava roupas de couro e tachinhas. Eu incluso hahaha. Aliás, não fosse a busca por identidade, por que as pessoas usam camisas de banda?
Suplico também que me entenda. Dispus-me a escrever pelo menos três linhas de cada artista citado. Tem gente que você só sabe que é ruim, mas não sabe bem explicar o porquê. Então é mais fácil atacar o jeito que eles se vestem, uai. Concordo contigo, beeeeem rasteiro da minha parte. Além do mais, muitos falaram que fui muito repetitivo. Imagina então se eu tivesse apenas falado: “Essa tem o vocalista estridente. Essa tem o guitarrista ruim. Essa tem as letras toscas”. Também me chamaram de homofóbico. Disse, quando falei do Queen (86), que não tenho nada contra homossexuais, só não gosto de música gay (132). Estou ciente de que quase todos que me lêem são gays também. Se você se sentiu ofendido por mim, minhas sinceras desculpas. Realmente muito paia isso da minha parte em pleno século XXI. Não tenho nada contra. Eu mesmo já dei o rabo algumas vezes.
23 Comentários:
Valeu a pena ter ficado ansiosa por tanto tempo pra ler essa crônica. Ficou simplesmente perfeita! Bem escrita como todas, porém, nesse post vejo sentimento além do bom humor. Percebo nele um Diogo real e não alguém superficial que só escreve racionalmente. Parabéns!!! Esse tipo de texto que espero ler mais vezes no seu blog.
PS: Acho q eu conheço quem defendeu o Restart...
Até que enfim o diploma de jornalismo saiu do armário, e parece que outras coisas tbm, hahahahhah.
Mas espero que o abatedourus volte à programação normal, o texto tá muito sério, parece até a Mirian Leitão.
Estragando a surpresa, tem um texto meu oldschool escrito pela metade aqui. Mas só vou publicar daqui um tempo ainda.
De fato o comentário citado no seu post tinha razão. Você é sem graça, tenta fazer um gênero intelectual sarcástico mas falha. Usou uma forma de promoção que é o velho "fale mal mas fale de mim" e deu no que deu. Inegável que tenha um certo talento para o marketing (Já pensou em fazer tal curso?), agora para ser engraçado e viver (ou até mesmo conversar sobre) de música, esqueça.
Engraçado entretanto, como você deseja empregar este método de auto-promoção mas fica tão chateado a ponto de postar uma explicação tão extensa quando as pessoas não concordam com o que você pensa (Ainda que o façam de forma mal educada).
Cara, vc achou mesmo que eu me daria ao trabalho de ir na sua cidade pra cagar na sua cabeça?
hahahaha, essa sua lista é pura trollagem ,só isso. Qualquer pessoa digna teria vontade de cagar na cabeça de um troll. Mas relaxa, não fica com medinho não. Se eu visse vc na rua, no máximo cuspiria no chão. Nem li todo seu post, tem como resumir?!
nao acredito que alguem ainda te leva a serio....
tem gnt que ficou mesmo com do de vc??????
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
ta cada vez melhor didi
Pelo pouco que conheço dos termos interneteiros, "trollagem" é falar que vai cagar na cabeça dos outros porque tem opinião diferente.
"Opinião" diferente = Vomitar um monte de merda na internet pra chamar anteção.
Quer um doce? titio dá!
te respondi dizendo que vc conhecia bastante as bandas de que falou, mas agora fiquei triste de saber que voce fuçou tudo na wikipedia .... HAHAHA
confesso que fiquei extremamente com inveja da repercussão desses posts. eu, que tantas vezes ataquei até mesmo deus e o diabo (sim, os 2) não consegui acender uma celeuma tão bonita de se ver quanto essa. :)
Aprenda com o papai.
Hahaha, muito boa a lista, cara! Agora eu só acho que você não precisava ter dado essa explicação pra quem não te entendeu, afinal você fez valer o ditado "jogar pérolas aos porcos" e ainda queria compreensão da galera?
Uma dica: Faça mais listas, de acordo com cada estilo músical. hahaha!!!
kkkkkk cara eu li a lista toda das bandas e acho q tem pessoas q tem um certo problema pra entender ironia.... e a parte de dar o rabo foi verdade??
Ô!
Cara li essa porra um tempao depois da postagem,confesso q algumas das bandas que colocou eu gosto e outras sou muito fã(ex:Ramones,RDP e outras.)mas a forma de falar das bandas pelo q entendi,eh a titulo de gozaçao,pois tenho certeza q no minimo 50% delas tu curte,e sobre o sarcasmos estilo Mukeka(q pra mim é a melhor banda de HC do Brasil)essa é a melhor forma de expressar,mas alguns nao entendem.finalizando teu objetivo tu alcançou q era divulgar teu blog,parabens.
outra coisa eu sou Gaucho e se vc olhar tem muita banda boa aqui no RS q nao leva esse rotulo q tu colocou,mas dificilmente chega ao centro do país.
Flw
Parabén, anônimo, por fazer parte do seletíssimo grupo das pessoas que entenderam a piada.
hahahah, passarei a ler seu blog tio Didi. Sou fã de grande parte das bandas que tu colocou na lista, li tudinho, pois é, e admito que tu realmente tem razão no que escreveu de algumas. Curti o jeito que tu escreve também kk e nem sei mais o que eu ia falar
Obrigado, Babi. Posso te chamar de Babi?
Ai cara, o criterio que vc usa é o gosto pessoal? (sem ofensas por favor).
Eu concordo com alguns nomes que vc citou, porém vc ter colcado o NOFX em segundo lugar, uma banda descompromissada e cujos integrantes acham que são adolescentes ainda, até o (green day é mais maduro) e você nem cita o BAD RELIGION, sinonimo do estilo, uma banda engajada e "politicamente correta", com musicas de criticas sociais, politicas e religiosas. Isso mostra que seu criterio é gostos pessoal. Sendo assim eu entendo. Abração!
Os Anons vão te trollar até o infinito, somos muitos e um só ao mesmo tempo seu FDP
BON JOVI, nessa lista nao dar nem para acreditar, vai si fuder cara, vai apreder oqui er rock.
se tem um cara que não entende nada de rock é o "titio didi" o cara chato você é em,por que você não exclui logo esse blog antes de ser morto por fãs do rock
você é o ser humano mais chato e esquisito que há no mundo
Cara! Quando comecei a ler o artigo fiquei de cara mas logo pensei... esse cara entende muito de rock pra falar tanta "merda" de bandas e artistas consagrados e somente depois de ler os textos sobre todas as 180 piores... achei este texto ou desabafo...rsrsr. mas fique tranquilo , hj em dia, 10% de pessoas que sabem ler nas entrelinhas estão contigo e isto é o que importa... e o resto? bem, eles que se danem.....
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