Paulistas, paulistanos e são-paulinos
Veja este produtivo trecho de conversa:
Bem, é verdade que no curto diálogo que tive com o moleque depois disso mostrou que o cara é burro mesmo. Contudo, com a atribuição de ter dito essa besteira ao fato de ele ser de São Paulo, só faltou eu responder: “Oh sim, São Paulo! Ooohhh!!! Perdoe-me, você deve ter coisas mais importantes para se preocupar. É porque eu moro na roça aqui em Minnns, sabe? Por favor, volte para a correria do seu dia-a-dia. Não deixe que eu, na minha vida bucólica, te atrapalhe com minhas bobagens”.
Coincidentemente, acabei de ver, em um dos raros programas da MTV que não fala sobre camisinha, uma moça dizendo algo do tipo: “Ôrra meu, eu não tô einteindeindo por que essa rua é de pedrinha até hoje. Ôrra, pelo amor de Deus, a gente está em São Paulo, meu!”. Ao invés de orgulho, esse povo devia era ter vergonha de ter um dos sotaques mais irritantes do Brasil. Pronto, falei. Quando alguém me liga e fala: “Com liceinça, eu poderia estar falando com o senhor Diogo?”, eu delicadamente pego o telefone e bato com força.
Penso como, às vezes, paulistanos, e em menor escala os cariocas, pensam que só existe a cidade deles no país. E tem outros 5 mil municípios jogados em torno do eixo. Por exemplo, todo ano o Brasil inteiro tem que tolerar especiais televisivos de aniversário da cidade da garoa, com show de João Gilberto e tudo mais. Isso é um desrespeito aos moradores das outras cidades do resto do país. Porque eles acham que eu, que moro num lugar totalmente diferente, tenho que ver a homenagem a um lugar a um lugar onde eu nem moro? Podiam passar essa programação regionalmente e, para o resto do país, a reprise de Máquina Mortífera. Animal!
Anualmente a gente vê no Jornal Hoje matérias sobre o maior bolo de aniversário do mundo, com imagens daquela pobraiada com uma sacola e colocando tudo que consegue do bolo dentro dela. Porra gente, deixem de ser espírito-de-porco, façam um em casa que não vai te dar disenteria.
Salvo engano, foi na festa de 350 anos da cidade, depois de um show de João Gilberto, na hora do encerramento, me aparece a apresentadora que mais fala bosta do Brasil, Ana Maria Braga: e diz: “Então vamos acabar a festa porque amanhã todo mundo, como bom paulistano, vai acordar cedo para trabalhar”. Oh sim, trabalhar cedo é uma atividade tipicamente paulistana, porque nós, do resto do país somos um bando de preguiçosos. Principalmente os baianos. É, sou chato mesmo.
E por falar em artista bairrista, falando rapidinho sobre alguém do outro pólo do eixo Rio-São Paulo. Você já tentou procurar, no repertoir da diva Fernanda Abreu, alguma música em que não aparece a palavra “Rio”? Até mesmo na música Brasil É O País Do Suingue, a moça diz: “Vem comigo, vem pro Rio de Janeiro”, como se Brasil e Rio de Janeiro fossem sinônimos. Mas eu vô nela assim mesmo.
Coincidentemente, acabei de ver, em um dos raros programas da MTV que não fala sobre camisinha, uma moça dizendo algo do tipo: “Ôrra meu, eu não tô einteindeindo por que essa rua é de pedrinha até hoje. Ôrra, pelo amor de Deus, a gente está em São Paulo, meu!”. Ao invés de orgulho, esse povo devia era ter vergonha de ter um dos sotaques mais irritantes do Brasil. Pronto, falei. Quando alguém me liga e fala: “Com liceinça, eu poderia estar falando com o senhor Diogo?”, eu delicadamente pego o telefone e bato com força.
Penso como, às vezes, paulistanos, e em menor escala os cariocas, pensam que só existe a cidade deles no país. E tem outros 5 mil municípios jogados em torno do eixo. Por exemplo, todo ano o Brasil inteiro tem que tolerar especiais televisivos de aniversário da cidade da garoa, com show de João Gilberto e tudo mais. Isso é um desrespeito aos moradores das outras cidades do resto do país. Porque eles acham que eu, que moro num lugar totalmente diferente, tenho que ver a homenagem a um lugar a um lugar onde eu nem moro? Podiam passar essa programação regionalmente e, para o resto do país, a reprise de Máquina Mortífera. Animal!
Anualmente a gente vê no Jornal Hoje matérias sobre o maior bolo de aniversário do mundo, com imagens daquela pobraiada com uma sacola e colocando tudo que consegue do bolo dentro dela. Porra gente, deixem de ser espírito-de-porco, façam um em casa que não vai te dar disenteria.
Salvo engano, foi na festa de 350 anos da cidade, depois de um show de João Gilberto, na hora do encerramento, me aparece a apresentadora que mais fala bosta do Brasil, Ana Maria Braga: e diz: “Então vamos acabar a festa porque amanhã todo mundo, como bom paulistano, vai acordar cedo para trabalhar”. Oh sim, trabalhar cedo é uma atividade tipicamente paulistana, porque nós, do resto do país somos um bando de preguiçosos. Principalmente os baianos. É, sou chato mesmo.
E por falar em artista bairrista, falando rapidinho sobre alguém do outro pólo do eixo Rio-São Paulo. Você já tentou procurar, no repertoir da diva Fernanda Abreu, alguma música em que não aparece a palavra “Rio”? Até mesmo na música Brasil É O País Do Suingue, a moça diz: “Vem comigo, vem pro Rio de Janeiro”, como se Brasil e Rio de Janeiro fossem sinônimos. Mas eu vô nela assim mesmo.
3 Comentários:
Hahahaha ótimo post mano! Na real a gente tem que dar um crédito pro sujeito ali... o cara é fã de GUNS'N'ROSES e fala como o sujeitinho mais alienado da web. UM dia experimenta ligar a tv no SPORTV naquele programa q fica um monte de velho atoa discutindo futebol. Eles vao falar 50 minutos do Corinthians, 40 de Sao Paulo, Palmeiras e Santos. Mais 50 do Flamengo, Bostafogo, Florminense e Vasco. Os minutos que sobram eles falam sobre os outros clubes do país... Boniteza!
Velho, eu sou fã de Guns também. E muito. Vai encarar?
baitola é o seu toba.
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