Retrato do calouro
Mocidade, já faz algumas semanas que decidi manter a média de escrever uma bobagem por semana. Sei que todos ficaram ansiosos por um novo texto semana passada. Quer dizer, ninguém disse isso pra mim, mas acho que por vergonha. Por vários motivos não deu, tendo-se em vista que gasto em média umas quatro horas (isso mesmo) para escrever cada petardo. Para compensá-los, venho aqui publicar mais um texto véio. Este foi escrito há uns seis anos, mas acho que não mudou muita coisa neste assunto de lá para cá. Coincidentemente guarda alguma conexão com o texto anterior. Aliás, depois de lê-lo entendi porque não trabalho como jornalista hoje. Novamente, dei uma editada.
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Outro dia me veio um pessoal no laboratório de vídeo para editar um trabalho de –pasmem – Filosofia I! E os trabalhos em grupo então, em que todo mundo faz tudo? É sabido pelos veteranos que o melhor jeito de se fazer trabalho em grupo é cada um fazer uma parte, ou então deixar os outros fazerem tudo para você e, no próximo, as coisas se invertem. Já para eles, é preciso sempre que todos se reúnam na casa de um deles para fazer o trabalho. Todos sabem que nessas reuniões fica todo mundo comendo pão de queijo e ouvindo música, e o que menos rola é trabalho. Depois, todos os seis vão entrevistar o Seu Zé Carlos. Parece até que os seis vão pegar o mini-gravador e colocar na boca do cara. O detalhe é que, apesar de levadas a sério, as entrevistas são sempre a picareta das picaretas. O entrevistado é sempre um colega ou mãe de alguém do grupo. Parece até que eles são um bando de atores frustrados que não passaram em Artes Cênicas, porque é impressionante: Todo trabalho, de qualquer matéria, tem de ser apresentado na forma de teatrinho. “É, vai ficar massa. Nenhum grupo teve essa idéia!”
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Nessas rodas as conversas são assim: “Onde você estudou? Mesmo? Você conhece o Rato? E o negão? Nó, eles são mó chegado meu. Onde você fez cursinho? Ah, então você estava no sétimo período de engenharia elétrica quando desistiu. O que você está achando do curso?” Repararam no tanto de ponto de interrogação? É porque eles ficam obcecados em se conhecer, provavelmente com medo de ficar sem amigos. Uma pequena demonstração da natureza sociopata dos calouros: Você se lembra do primeiro período, o tanto de churrascos, reuniões na casa de não sei quem, botecos a que foi?
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Aqui vão algumas dicas para você, se algum dia, por ironia do destino, voltar a ser calouro: Muito cuidado com o que falar e fizer nos primeiros dias. È aquela imagem que os outros terão de você para sempre. Ao olhar para você, vão sempre pensar naquela cena do primeiro dia, Tome cuidado dobrado, não não, tome cuidado triplicado com o figurino que você usar no primeiro dia. Pode até pegar apelido. Um conhecido meu foi de camisa laranja no primeiro dia e virou o Cenourão para o resto da vida. Um outro chegou na república usando chinelos e ficou como sendo o Chinelinho. Não precisamos ir longe buscar exemplos Eu mesmo costumava usar camisas floridas, me rendendo o apelido de Ace Ventura. Como se sabe, até hoje sou conhecido como tal.
eu sei q essa nao foi a intençao, mas q me deu saudades de qdo era calora e fazia todas essas burrices, ah isso me deu...
q saudades de poder beber cerveja na segunda de manha, de nao ter q entregar 10 trabalho no mesmo dia da prova mais dificil do livro de 200 paginas....
e hahahahaha
eu dei trote nos meus caloros...e fui pra reitoria dp...
kkkkkkkkk
as leis foram feitas para serem quebradas neh...
bj
Mais uma vez venho, através deste, render homenagens ao seu talento de cronista, com os votos de grande sucesso, presente e futuro. Hahahahahhah
votem em mim!
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